terça-feira, 3 de maio de 2011

AMIZADE DISCIPULADORA

“Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se torna mau” (Pv. 13:20)

“Quase todas as nossas tristezas podem ser remontadas aos relacionamentos com as pessoas erradas, e nossas alegrias, aos relacionamentos com as pessoas certas”[1]. O texto do sábio Salomão em Provérbios bem como a frase de John Maxwell revela quão importante é a influência de uma pessoa em nossa vida.

No início da minha caminhada cristã pude perceber a veracidade dessas palavras. Logo nos meus primeiros meses de adventismo, Deus enviou pessoas para contribuir no meu amadurecimento espiritual. Uma dessas pessoas se chama José Filho, na época, primeiro ancião da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Setor “O”, Brasília, DF. Ele auxiliou-me significativamente na descoberta dos meus dons espirituais.

Em muitas ocasiões foi visível a ajuda cristã desse ancião para comigo. Um exemplo concreto do auxílio dele foi sua atitude ousada em me colocar na escala de pregação da igreja. Sem a mínima experiência como orador, me recusei a atender ao chamado. Porém ele insistiu, e até me ofereceu ajuda com alguns sermões prontos. Mesmo assim, o medo do púlpito era intenso, e novamente disse não. Então, a figura de um verdadeiro amigo discipulador entrou em cena. Esse irmão se ofereceu a subir no púlpito comigo e, até mesmo, caso não conseguisse ministrar a palavra, ou ficasse nervoso, ele tomaria a frente da programação e me socorreria. Então, somente assim, aceitei arriscar-me nessa aventura espiritual.

Foi em um culto de quarta-feira. Havia me preparado bastante. Orei muito para que Deus me ajudasse. Contudo, aparentemente todo esse esforço não surtiu efeito. A minha pregação durou apenas cinco minutos cravados no relógio. Todo assunto que havia preparado se esgotara. Então, o irmão José Filho assumiu o púlpito. Falou-me algumas palavras de incentivo, também exortou a igreja e finalizou a programação daquele dia. Eu me senti envergonhado por não conseguir pregar tudo que tinha preparado. Mas o constrangimento foi amenizado pelas palavras animadoras ditas por meu amigo diante de toda a congregação.

Em outras ocasiões fui convidado por ele para pregar na mesma igreja, e não recusei. Hoje, o esforço que ele teve em acompanhar-me e incentivar-me à pregação é materializado em meu ministério pastoral, no estado do Tocantins. Sou grato a Deus por incentivar o irmão José Filho como o meu mentor espiritual. Atualmente, colho alegremente bons frutos por ter me relacionado, no início da minha jornada cristã, com a pessoa certa e com um verdadeiro sábio.



[1] Maxwell, John C. Talento não é Tudo. Editora Thomas Nelson. Rio de Janeiro. p. 240

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